quarta-feira, 30 de junho de 2010

- Dois mundos


Apareceu e nada falou, somente observou e fez que nada queria, o tempo passou e a chamou de seu amor, a fez viajar em perfeita sintonia e a ensinou a viver a melodia, a melodia de amar, de venerar, a melodia de querer estar perto. De inicio parecia ser um amor de verão, que chegaria e nada duraria, mas foi além, porém tentou evitar, tentou se afastar, mas em um simples dia decidiu se entregar, pensou que se fosse entregar-se poderia se decepcionar, poderia vir a sofrer por alguém que nem sequer veio ao certo a conhecer, alguém que simplesmente lhe sorria e nada dizia. Sorriso radiante, que sempre estava a se mostrar, nada a fazia chorar, nada a fazia tirar esse ar de menina que insistia em encantar a todos ao seu redor. Entregou-se ao amor e deixou que tomasse conta, não quis mais interferir, pois, se estivesse por vir nada poderia impedir.O tempo passou e viu que nada tinha em comum com sua amada, apenas o desejo insaciável de estarem juntos, havia algo que os atraia, talvez esse nada em comum os unisse, assim aprendiam pacientemente o que o outro tinha a ensinar.Dois mundos diferentes que, enfim, se uniam. Dois mundos totalmente diferentes. Achava que esse encontro não fosse á diante, mas durou, durou mais que o esperado, mais do que se tinha estimado e finalmente havia se apaixonado. Amou sua amada e com esplendor foi correspondido, a amou todos os dias e todas as noites como se nada pudesse interferir e continuou a amando, ela sonha em passar o resto da vida ao lado do seu amor e juntos sempre em frente vão seguindo em busca da felicidade eterna.



- Amanda Barreto

terça-feira, 29 de junho de 2010

- Suicídio

Saber que estou aqui e que nada pode mudar o que tenho dentro de mim, a incerteza de não saber quem realmente sou. Paro e admiro aquela imensidão que parece findar nunca, fecho os olhos e sinto a brisa acariciar meus cabelos, minha pele, por vez cabisbaixa, por vez eufórica, sentimentos conflitantes que existem no meu interior e varias de mim que tentam entrar em consenso a fazer o que é certo, porem, sei o que realmente devo fazer naquele momento. Abro os braços e pulo do ponto mais alto que consegui achar, e pulando dele sinto a liberdade e já consigo voar, a adrenalina é liberada de uma forma surpreendente e a paz de espírito por fim vem, é uma paz libertadora... De inicio uma força que puxa para baixo com brutalidade, com uma intensidade realmente forte, tragando para o fim, porem, depois de me jogar nada mais importa, depois da força sobrenatural pressionando para baixo vem à leveza, a calmaria, tranqüilidade e a certeza de que esse sentimento de liberdade vai continuar e toda a dor já vivida vai acabar.

Amanda Barreto.